Quando a Karine entrou no estúdio, o jeito dela já trazia a clínica para dentro da sala: postura tranquila, fala precisa, mãos atentas — as mesmas que cuidam de alinhamento, dor e reabilitação. Pedi alguns minutos antes do primeiro clique para ouvir sua rotina de fisioterapeuta e o que queria comunicar nas fotos: acolhimento, técnica e presença. Dali saiu o norte do ensaio: retratos empresariais em BH que deixassem a voz dela aparecer sem pressa, como numa boa sessão.
Começamos devagar. Ajustei o eixo, soltei os ombros e demos função às mãos — apoio leve, caderno discreto, o gesto de quem orienta respiração. Entre cada sequência, revisamos no monitor: pequenos giros de tronco, respiros mais longos e um mirar mais suave mudavam a leitura do retrato. Quando a expressão certa veio — firme, calma, próxima — eu recuei e deixei a imagem acontecer.
Fechamos o primeiro bloco com três entregas úteis para comunicação: um close quadrável para avatar/assinatura, um meio corpo claro para a seção “Sobre” e um plano um pouco mais aberto para site e materiais do consultório. O tratamento ficou discreto — pele real, contraste moderado e cor consistente — para que a edição desapareça e a história da Karine permaneça inteira.
Optamos pelo estúdio em Belo Horizonte para ter previsibilidade de luz e ritmo. Em ambiente controlado, consigo repetir setups com precisão e manter unidade entre variações de gesto e expressão — essencial quando a mesma série vai para LinkedIn, site e materiais institucionais.
Usei fundo neutro e distância ao fundo calibrada para separar planos sem distrações. Os elementos do universo da fisioterapia apareceram apenas como acento visual quando somavam à narrativa (um bloco de anotações, um toque na própria postura) — nada que competisse com a presença da profissional.
Se o planejamento pedir ambientação em consultório, levo a mesma chave de luz on location para preservar a linguagem e a consistência entre retratos de estúdio e contextuais.
Minha direção acontece em camadas: base do corpo bem organizada, mãos com função e, por fim, a expressão. Prefiro instruções curtas e respiros entre elas; é nesse intervalo que surgem atributos importantes para a área da saúde — escuta, precisão e cuidado.
Na iluminação, desenhei um principal suave com preenchimento controlado para manter volume sem sombras duras. Pequenas rotações de cabeça e variações de distância ao fundo renderam uma série coesa, pronta para crops quadrados de avatar e cortes horizontais de banner.
No tratamento, padronizei balanço de branco, contraste e nitidez técnica. As exportações seguem prontas para web (avatar, banner, post) e em alta para impressão, facilitando o uso imediato em todos os canais.
Alinhei um fluxo simples antes do set: blocos curtos, revisões rápidas no monitor e ajustes finos. Ver-se durante o processo dá autonomia e reduz ansiedade — na fotografia e na fisioterapia, medir, ajustar e evoluir é o que sustenta o resultado.
No set, a conversa foi objetiva: eixo, mãos, olhar. Quando a presença aparecia, eu recuava e deixava a foto nascer. O conjunto final traduz a Karine como ela é no consultório: técnica sem frieza, próxima sem improviso.
Encerramos com uma seleção-base organizada por finalidade (avatar, “Sobre”, institucional), pronta para integrar site, LinkedIn e materiais do consultório com a mesma assinatura visual.
Roupas: peças lisas e bem passadas; leve uma opção clara e outra escura para ajustar ao fundo. Na saúde, tons neutros com um acento sutil funcionam bem e mantêm a leitura elegante no tempo.
Cuidados rápidos: cabelo finalizado, óculos limpos, lábios hidratados; maquiagem de acabamento natural preserva textura e reduz retoques. Se usar jaleco ou scrubs, prefira modelos sem logotipos que não façam parte da marca.
Uso final: liste onde as fotos vão viver (LinkedIn, site, apresentações, materiais do consultório). Isso orienta enquadramentos, cortes e exportações — e evita retrabalho.
Belo Horizonte oferece estrutura completa — estúdios preparados, bons laboratórios e fornecedores ágeis — o que encurta prazos e mantém a qualidade do arquivo à impressão.
Na Região Metropolitana (Contagem, Nova Lima, Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, Lagoa Santa, São José da Lapa e Caeté), ajusto logística e horários preservando o mesmo padrão técnico e a mesma linguagem visual.
No fim, retratos empresariais em BH que respeitam a verdade de quem cuida das pessoas permanecem — claros na comunicação e honestos com a história da profissional.
Fotografias: Homero Xavier
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