Antes do primeiro clique, sentei com a Laura e pedi que me contasse como ela gosta de se apresentar: o que a move, como decide, o tom da conversa com clientes. Da escuta nasceu o norte do ensaio — retratos empresariais em BH que comunicassem presença, clareza e proximidade, sem pose. A fotografia como um convite honesto: “é assim que eu chego”.
Começamos devagar. Ajustei o eixo, soltei os ombros e demos função às mãos — apoio leve, bloco discreto, um cruzar de braços sereno quando o gesto pedia firmeza. Entre uma sequência e outra, revisamos no monitor; pequenos giros de tronco, respirações mais longas e nuances no olhar iam afinando a leitura da imagem até que a Laura se reconhecesse por inteiro.
Fechamos o primeiro bloco com três entregas úteis para comunicação: um close quadrável para avatar e assinatura de e-mail, um meio corpo para a seção “Sobre” e um plano um pouco mais aberto para páginas institucionais. Mantive o tratamento discreto — pele real, contraste moderado e cor coerente — para que a edição desapareça e a história permaneça. (Laura — Studio Homero Xavier, Belo Horizonte.)
Optamos pelo estúdio em Belo Horizonte para garantir previsibilidade e ritmo. Em ambiente controlado, consigo repetir setups com precisão e manter unidade entre variações de gesto e expressão — essencial quando as mesmas imagens vão para LinkedIn, site e materiais comerciais.
Trabalhei com fundo neutro e distância ao fundo calibrada para separar planos sem distração. Quando algum elemento de contexto entrou em cena (caderno, caneta), foi só como acento visual, o suficiente para sugerir rotina sem disputar atenção com a presença da Laura.
Se o planejamento pede uma segunda etapa ambiental (escritório, showroom), levo a mesma chave de luz on location para preservar a linguagem e a consistência entre os retratos de estúdio e os contextuais.
Minha direção acontece em camadas: base do corpo organizada, mãos com função e, por fim, a expressão. Prefiro instruções curtas e respiros entre elas; é nesse intervalo que surgem os atributos que interessam à marca pessoal — foco, cordialidade e segurança tranquila.
Na iluminação, desenhei um principal suave com preenchimento controlado para preservar volume sem sombras duras. Pequenas rotações de cabeça e variações de altura de câmera renderam uma série coesa, pronta para crops quadrados de avatar e cortes horizontais de banner.
No tratamento, padronizei balanço de branco, contraste e nitidez técnica. O objetivo foi que a cor sirva à leitura do retrato e que os arquivos circulem bem da tela do celular à impressão sem perder consistência.
Expliquei o fluxo logo no início: blocos curtos, revisão rápida no monitor e ajustes finos. Ver-se durante o processo dá autonomia e reduz ansiedade — a fotografia vira um diálogo, não um julgamento.
No set, a conversa foi objetiva — eixo, mãos, olhar. Quando a expressão acendia, eu recuava e deixava a imagem chegar. Assim, cada retrato guarda algo da conversa que tivemos: a Laura como é no dia a dia, sem artifício.
Encerramos com uma seleção-base organizada por finalidade (avatar, “Sobre”, institucional), pronta para publicação com a mesma assinatura de luz em todos os canais.
Roupas: peças lisas e bem passadas; traga uma opção clara e outra escura para ajustar ao fundo. Paleta neutra com um acento discreto (blazer, lenço) funciona bem e se mantém elegante no tempo.
Cuidados rápidos: óculos limpos, cabelo finalizado, lábios hidratados. Para maquiagem, acabamento natural que respeite textura; para barba, aparo na véspera. Esses detalhes reduzem retoques e preservam a naturalidade do arquivo.
Uso final: liste onde as fotos vão viver (LinkedIn, site, apresentações, WhatsApp Business). Isso orienta enquadramentos, cortes e exportações — e evita retrabalho.
Belo Horizonte oferece estrutura completa: estúdios preparados, fornecedores ágeis e bons laboratórios — do arquivo à impressão com prazos confiáveis.
Na Região Metropolitana (Contagem, Nova Lima, Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, Lagoa Santa, São José da Lapa e Caeté), ajusto logística e horários preservando o mesmo padrão técnico e a mesma linguagem visual.
No fim, retratos empresariais em BH que respeitam a verdade de quem está à frente do negócio permanecem — claros na comunicação e honestos com a história de quem assina.
Fotografias: Homero Xavier
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