Antes de ligar as luzes, ouvi a Luisa falar do universo da coloração pessoal — esse encontro entre pele, cabelo e tons que contam quem a gente é sem uma palavra. A proposta do ensaio nasceu daí: retratos empresariais em BH que comunicassem harmonia, cuidado e presença, sem enfeites que roubem a cena. Trabalhei com a ideia de que cada cor tem um ritmo; minha função era criar o silêncio onde a expressão dela pudesse soar inteira.
Começamos devagar. Ajustei eixo, respiração e o tempo de cada gesto. Entre um clique e outro, mostramos no monitor: pequenos ajustes de ombro, queixo e mãos mudavam a leitura da imagem. Quando a expressão certa aparecia — aquela mistura de firmeza e delicadeza — eu recuava e deixava a fotografia acontecer.
Encerramos o primeiro bloco com três entregas úteis para comunicação: um close quadrável para avatar, um meio corpo para a página “Sobre” e um plano um pouco mais aberto para site e redes. Mantive o tratamento discreto — pele real, contraste moderado e cor coerente — para que a edição desapareça e a história permaneça. (Luisa | Coloração Pessoal — Studio Homero Xavier, Belo Horizonte.)
Optamos pelo estúdio em Belo Horizonte para garantir previsibilidade de luz e ritmo de trabalho. Em ambiente controlado, consigo repetir setups com precisão e manter consistência entre arquivos — essencial quando a mesma série alimenta diferentes canais. :contentReference[oaicite:0]{index=0}
Usei fundo neutro para priorizar expressão e gesto. As cores entram como linguagem, não como adereço: o tom certo perto do rosto, a distância certa do fundo, o contraste que valoriza sem endurecer. A fotografia precisa servir à presença, não o contrário.
Se o planejamento pedir uma etapa ambiental (ateliê, consultório), levo a mesma chave de luz on location para preservar unidade estética entre os retratos de estúdio e os contextuais.
Minha direção acontece em camadas: base do corpo bem organizada, mãos com função discreta e, por fim, a expressão. Dou instruções curtas e deixo respiros; é nesse intervalo que surgem as nuances de olhar que importam para quem trabalha com cor — atenção, escuta e precisão.
Na iluminação, montei um principal suave com preenchimento controlado para preservar volume sem sombras duras. Pequenas rotações de tronco e cabeça geraram variações suficientes para compor uma série coesa do primeiro ao último arquivo.
No tratamento, padronizei balanço de branco, contraste e nitidez técnica. A cor é ferramenta de leitura; quando ela está no lugar, a narrativa fica clara e o retrato respira.
Alinhei um fluxo simples: blocos curtos, revisões rápidas no monitor e ajustes finos. Ver-se durante o processo dá autonomia e afina expectativas — especialmente em trabalhos onde a identidade visual é parte do serviço.
No set, a conversa é objetiva: eixo, mãos, olhar. Quando a expressão acende, não há porque correr; a imagem chega e a gente só acolhe. Foi assim que chegamos aos retratos em que a Luisa se reconhece de imediato.
Encerramos com uma seleção organizada por finalidade (avatar, “Sobre”, institucional), pronta para entrar no site e nas redes com a mesma assinatura visual.
Roupas: prefira peças lisas e bem passadas; leve uma opção clara e outra escura para ajustar ao fundo. Se já trabalha com cartela de cores, traga referências — a fotografia agradece quando a paleta conversa com pele e cabelo.
Cuidados rápidos: cabelo finalizado, óculos limpos, lábios hidratados. Para maquiagem, acabamento natural que respeite textura. Acessórios discretos ajudam a manter a leitura elegante e atemporal.
Uso final: liste onde as fotos vão viver (site, apresentação, redes). Isso orienta enquadramentos, cortes e exportações — e evita retrabalho.
BH oferece cadeia completa de produção: estúdios preparados, bons laboratórios e fornecedores ágeis — o que encurta prazos e mantém a qualidade do arquivo à impressão.
Na Região Metropolitana (Contagem, Nova Lima, Sabará, Santa Luzia, Vespasiano, Lagoa Santa, São José da Lapa e Caeté), ajusto logística e horários preservando a mesma linguagem técnica.
No fim, retratos empresariais em BH que respeitam a verdade de cada pessoa permanecem. É esse o tipo de imagem que sustenta marca e conversa com quem importa.
Fotografias: Homero Xavier
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